Mais da metade dos 2,5 milhões de sobreviventes do ciclone que arrasou a região do delta do rio Irrawaddy, no sul de Mianmar (Mianmar), não recebeu nenhuma ajuda até agora, passadas mais de três semanas desde a catástrofe, informou hoje a ONU.
"Está claro que a fase de ajuda continua sendo de emergência", disse o chefe de assuntos humanitários das Nações Unidas, John Holmes, em seu discurso na conferência internacional de países doadores, realizada na cidade birmanesa de Yangun.
"Está claro que a fase de ajuda continua sendo de emergência", disse o chefe de assuntos humanitários das Nações Unidas, John Holmes, em seu discurso na conferência internacional de países doadores, realizada na cidade birmanesa de Yangun.
Segundo estimativas da ONU, só um milhão dos quase 2,5 milhões de pessoas que sobreviveram à devastadora passagem do ciclone, nos dias 2 e 3 de maio, estão recebendo alimentos, cobertores e remédios.
A situação descrita pelas Nações Unidas contrasta com a apresentada pela Junta Militar militar que governa o país, já que, na sexta-feira, o primeiro-ministro birmanês, general Thein Sein, disse que o Exército e outras instituições estatais atenderam às necessidades imediatas das vítimas e que o Governo se preparava para dar início à fase de reconstrução.
Por outro lado, Holmes elogiou o fato de o chefe de Estado de Mianmar, general Than Shwe, ter se comprometido com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a permitir a entrada no país de "todos" os trabalhadores das organizações dedicadas à ajuda humanitária.
"Acreditamos que a colocação em prática desta decisão seja rápida e simples", acrescentou o funcionário da ONU.
Um dos principais objetivos da reunião de doadores em curso na cidade de Yangun é, segundo fontes da UE, "identificar os obstáculos para fazer com que a ajuda entre no país".
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