sábado, 31 de maio de 2008

POLICIA - DEFESA DE NARDONI QUESTIONA VARREDURA APÓS CASO NA PM.


O advogado que coordena a equipe de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta suspeitos da morte de Isabella, disse que as informações sobre o suposto envolvimento do tenente Fernando Neves Braz em pedofilia reforçam a tese de que as investigações deveriam ter sido intensificadas em relação a todos que estiveram no Edifício London na noite em que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi jogada do 6º andar. "As investigações deveriam ter sido ampliadas.

E essa acusação é muito grave", disse o advogado Marco Polo Levorin. "Esse tenente foi o encarregado da varredura no prédio e nem todos os apartamentos foram vistoriados. Na época, ele argumentou que alguns estavam fechados."

Suspeito de envolvimento em uma rede de pedofilia, o tenente Neves, de 34 anos, matou-se na manhã de sexta (30) com um tiro na cabeça quando seu apartamento, na Zona Norte de São Paulo, ia ser revistado por policiais da 5ª Delegacia Seccional e da Corregedoria da Polícia Militar.
"Esse tenente foi encarregado da varredura. Na época do evento (morte de Isabella), já houve questionamento por parte da defesa em relação à varredura", declarou Levorin. "E sabemos que ele manteve uma conversa, na qual consta o agenciamento de uma criança", declarou. O coordenador da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, afirmou que não vê nenhuma ligação direta do episódio envolvendo o tenente Neves com o caso Isabella. "O nosso trabalho está entregue", afirmou, sem querer dar mais explicações sobre o assunto.

Segundo o delegado André Luiz Pimentel, há 90 dias uma testemunha procurou os policiais informando que recebera propostas para manter sexo com crianças numa sala de bate-papo na internet chamada Incesto. A testemunha foi orientada pela delegacia a prosseguir os contatos. A polícia descobriu que o agenciador das crianças era o operador de telemarketing e pai-de-santo Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos.

Toledo, segundo a polícia, ofereceu à testemunha a possibilidade de manter relações sexuais com crianças de 7, 9 e 12 anos. "Para impedir que ele entregasse um sobrinho de 9 anos para o cliente, pedimos ao juiz a decretação da prisão do acusado", afirmou o delegado. Na casa de Toledo, em Cidade Ademar, na Zona Sul, os policiais acharam brinquedos, DVDs de crianças praticando sexo e uma lista de 600 nomes no computador. Neles estava o nome do tenente Neves.

Na quinta-feira, 29, a delegacia obteve o mandado de busca no apartamento e no armário do tenente Neves no batalhão. Após a revista ao armário do tenente, a política seguiu para o seu apartamento. Ele pediu para que os policiais aguardassem para que avisasse a esposa, que estava dormindo, para se vestir. Ao sair do quarto, o tenente carregava uma pistola e correu para o banheiro, onde se matou.
O coordenador da equipe de advogados de Nardoni e Jatobá afirmou que pode requerer essa lista encontrada na casa do pai-de-santo. "Mas a investigação deve ser sigilosa por envolver crianças", afirmou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Este pedófilo deu entrevista pra quem quisesse e sempre rebatendo a segurança. Ele deve ter escondido o assassino por ter sido reconhecido.
Se a sociedade , a mídia e o promotor tiverem que voltar atras e eu me incluo , tem mais é que pedir desculpas se for o caso.
A verdade tem que prevalecer e o assassino da Isabela é que tem que pagar.
Estou indignada com a globo principalmente que ficam achando de repetir o tempo todo que uma coisa não tem nada haver com outra. Como não???? Este pedófilo foi o estupim da polícia começar a acusar o casal. Ele disse que o Alexandre tinha visto o ladrão e não foi como no depoimento. Começou aí as desconfianças e as controvérsias.
Eu , como quase todos , condenei antes da hora e agora quero a verdade e se precisar ajoelho no milho pra me redmir.

cicero lima disse...

É a mais pura verdade.
será que estamos cometendo a maior injustiça do mundo condenando o casal?
bom,vamos deixar a polícia chegar a um veredito para poder-mos então
pedir desculpas ou condena-los de véz.

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