
Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram nesta sexta-feira (27) continuar a greve iniciada há duas semanas
A paralisação das aulas durará, no mínimo, mais uma semana. A próxima assembléia está agendada para a próxima sexta-feira (4).A decisão foi votada por maioria em assembléia na Avenida Paulista.
A manifestação bloqueou duas faixas da rua e causou 2,2 quilômetros de congestionamento, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Segundo a PM, a manifestação desta sexta-feira teve 10 mil participantes, o dobro da última semana.O sindicato dos professores estima em 60 mil o número de participantes.A categoria exige a revogação do decreto de lei 53.037/08.
De acordo com as novas regras, professores temporários serão submetidos a provas anuais para serem incluídos no quadro de "eventuais" (substitutos), e os novos contratados terão de esperar três anos para poder mudar de escola.A Secretaria de Educação de São Paulo alega que as medidas melhorarão a qualidade do ensino, diminuindo a rotatividade de professores e avaliando os professores temporários.
Para o sindicato, as medidas prejudicam os professores e podem causar pedidos de demissões. Quanto aos temporários, os professores pedem abertura de concurso para contratá-los levando em conta o tempo em que dão aulas.Outra reivindicação dos docentes é a elevação do piso salarial para R$ 2 mil - a Secretaria chegou a R$ 1.617,54, incluindo duas gratificações que foram incorporadas ao salário-base. Nesta sexta-feira, o governo paulista convocou professores substitutos para cobrir os grevistas, ato considerado ilegal pelo sindicato.
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