
Pouco mais de um ano após mostrar o teste da proveta em postos da Grande São Paulo, quando se detectou que 20% dos estabelecimentos vendiam combustível adulterado, uma reportagem especial do Jornal Nacional mostra que o combate aos fraudadores não foi suficiente.
Após a primeira denúncia, o índice de adulteração despencou 7% e 174 postos foram fechados na capital, mas a máfia do combustível voltou a agir.
Após a primeira denúncia, o índice de adulteração despencou 7% e 174 postos foram fechados na capital, mas a máfia do combustível voltou a agir.
“Hoje o mercado está com uma adulteração em torno de 27% e a gente não via isso há muito tempo; há mais de três anos que a adulteração não chegava a este patamar”, diz José Gouveia, presidente do Sindicato dos Donos de Postos.
Para não levantar suspeitas, antes da coleta, o carro usado no teste passou por uma reforma no sistema de abastecimento que desviou a gasolina para um galão dentro do veículo. Os postos testados ficam na Zona Leste, a campeã da mistura ilegal em São Paulo. Segundo o Sindicato dos Donos de Postos, quatro em cada dez comerciantes da região vendem gasolina com mais álcool do que os 26% permitidos por lei. Além disso, misturam solventes que estragam o motor do carro.
Para não levantar suspeitas, antes da coleta, o carro usado no teste passou por uma reforma no sistema de abastecimento que desviou a gasolina para um galão dentro do veículo. Os postos testados ficam na Zona Leste, a campeã da mistura ilegal em São Paulo. Segundo o Sindicato dos Donos de Postos, quatro em cada dez comerciantes da região vendem gasolina com mais álcool do que os 26% permitidos por lei. Além disso, misturam solventes que estragam o motor do carro.
O posto Marta e Branco, de bandeira BR, fica na Avenida Salim Farah Maluf. Lá, a amostra analisada por um técnico do Sindicato dos Donos de Postos identificou 46% de álcool. Na Avenida Regente Feijó, o posto Chaparral - este bandeira Texaco - apresentou mais que o dobro do álcool permitido: 54%. E a fraude não pára por aí. Na Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello, o Posto Map, de bandeira BR, também na Zona Leste da capital, apresentou o recorde de fraude: 56% de álcool. A parte amarela do teste também ficou completamente fora dos padrões. A concentração de benzeno foi de 3,18% quando deve ser de, no máximo, 1%.
“A estrutura da ANP (Agência Nacional do Petróleo) é bastante precária. Eu tenho aqui dez agentes para fiscalizar todo o mercado de combustível. Nós achamos que alguém que adultera combustível não pode continuar no mercado trabalhando normalmente. Precisa ter inscrição cassada e precisa ter, portanto, uma legislação federal mais dura”, diz Alcides Amazonas, coordenador da ANP.
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