Um dia depois de secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, admitir o despreparo da Polícia Militar na morte do garoto João Roberto Amorim Soares, nesta terça-feira (8) foi a vez do governador do Estado, Sérgio Cabral, também falar da atuação dos policiais no caso. "Os dois [policiais] cometeram um erro fatal.Uma abordagem absolutamente insana. Os dois agiram que nem dois débeis mentais", disse Cabral na inauguração de um tele-centro para policiais militares, na Central do Brasil, centro do Rio. "Como pai, custei a dormir essa noite, com a imagem do pai do menino, pelo seu desespero e sofrimento.
Como governador, foi um erro fatal, uma completa incapacidade de discernimento em um momento de tensão. Atrocidade cometida contra inocentes vítimas da incompetência de dois policiais. O Brasil se chocou, os policiais estão presos e responderão não só no ponto de vista administrativo, mas criminal", completou.
Cabral também anunciou que a partir do dia 17 de julho, mais 100 viaturas da PM estarão nas ruas do Rio de Janeiro, totalizando 729 veículos. Além disso, o governador anunciou que o efetivo policial de segurança usado por membros do Tribunal de Justiça, Ministério Público e da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) será revisto.
A idéia, segundo Cabral, é que 30% dos policiais que fazem segurança particular sejam devolvidos às ruas, após um processo de reciclagem. Como as três instituições utilizam no momento 970 homens, o Rio teria mais 290 nas ruas. Ainda não há uma data prevista para que este remanejamento seja feito.
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