
"Eu queria me livrar do pacote. Sempre fui incompetente para cuidar dela". Essas foram as palavras da auxiliar de enfermagem Tatiane Damiane, de 41 anos, ao delegado Antonio Campos de Macedo, do 1º Distrito Policial de Curitiba (PR), ao explicar por que matou a própria filha, Mariana, de 8 meses, ao jogá-la do 6º andar do apartamento onde moravam, na região central da capital paranaense.
A auxiliar de enfermagem, que trabalha no Hospital das Clínicas, onde vinha tomando medicamentos e recebendo acompanhamento psicológico por causa de crises de depressão, foi transferida para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crime (Nucria), que assumirá o inquérito. Tatiane foi indiciada por homicídio doloso e o inquérito que apura o caso deve ficar pronto em 10 dias.
A auxiliar de enfermagem foi encaminhada para o Centro de Triagem I e deve passar por exames de sanidade mental.Tentativa de suicídioA criança morreu na hora. Segundo o jornal Gazeta do Povo, testemunhas afirmaram à polícia que a mãe da criança ameaçou se jogar antes de lançar o bebê.
Populares avisaram o Corpo de Bombeiros que a mulher estaria ameaçando se atirar da janela, mas quando os bombeiros chegaram a criança é que havia sido atirada de uma altura de cerca de 20 metros.Segundo o governo do Paraná, a delegada Eunice Vieira Bonome, do Nucria, afirmou que "quando os policiais militares chegaram ao local, foi constatado que a criança estava morta, em cima da laje da garagem do prédio.
Os populares se revoltaram e queriam linchar Tatiane, mas os policiais fizeram um cerco pela garagem para que a acusada saísse do prédio". A polícia confirmou que Tatiane planejava se jogar do prédio depois de ter atirado a criança. "No seu depoimento, ela comentou que estava cansada de cuidar da filha e que não apresentava nenhum tipo de sentimento por ela. A mulher não se jogou por interferência dos vizinhos, que bateram na porta do apartamento e pediram para ela descer da janela", disse a delegada. Ainda segundo a delegada, Tatiane falou que tomava dois remédios, sendo que um deles foi receitado por um psiquiatra.
Segundo a Gazeta do Povo, a auxiliar de enfermagem contou que morava sozinha com a filha Mariana e só via o pai da criança de tempos em tempos. "Ele vai saber da morte pelos noticiários", disse. "Não me arrependo do que fiz", disse ela ao encerrar o depoimento.
Com informações da Agência Estado
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