sexta-feira, 4 de julho de 2008

NOTICÍCIAS - PROFESSORES DE REDE ESTADUAL DE SP SUSPENDEM GREVE.


Às vésperas de completar 20 dias de greve, os professores da rede estadual de São Paulo decidiram suspender a paralisação até a próxima terça-feira. A categoria votou pela suspensão do movimento em assembléia, na tarde desta sexta-feira (4), em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República.

Em reunião conciliatória no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), também na tarde desta sexta, a Secretaria se comprometeu a apresentar à Apeoesp, até a próxima terça-feira, um posicionamento sobre o salário dos professores que foi cortado durante a greve. A proposta para o Sindicato era de que, suspendendo a greve, a Secretaria abriria uma negociação sobre os demais pontos da pauta de reivindicação.

Segundo a Apeoesp, se o governo não cumprir o acordo uma nova assembléia já está marcada para a quinta-feira (10), às 14h.Os docentes se reuniriam pela quarta sexta-feira consecutiva no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, mas a promotoria de Habitação e Urbanismo obteve liminar da Justiça impedindo a manifestação no local. Foi fixada multa de R$ 500 mil caso os professores descumprissem a determinação.

Nas últimas três sextas-feiras, os docentes bloquearam a Paulista durante a tarde e causaram congestionamento de até 2,2 quilômetros. Segundo a CET (Companhia de Engenharia do Tráfego), nesta sexta-feira não foi registrada nenhuma ocorrência de lentidão na região causada pelo movimento. Segundo a Polícia Militar, cerca de 3.000 pessoas estavam presentes no local.ReivindicaçõesA categoria exigia a revogação do decreto 53.037/08. Na semana passada, José Serra (PSDB) publicou outro decreto que altera o anterior em três pontos.

O limite de faltas passa a ser 12 e não mais 10. A transferência durante os primeiros três anos de trabalho, chamado de estágio probatório, será restrita apenas aos professores admitidos a partir de 28 de maio. Por último, alterou a possibilidade de substituição aos professores que tiraram licença no ano anterior, que antes era autorizada apenas para gestantes. Para o sindicato, a mudanças foram "mínimas".Na quarta-feira (2), a Secretaria anunciou o corte de salário e de gratificação dos professores em greve.
Em nota, o órgão disse que "uma minoria de professores insiste em faltar às escolas nas últimas duas semanas, prejudicando os alunos". Para reverter o caso, o sindicato entrou na Justiça com um mandado de segurança coletivo em defesa do direito de greve da categoria.Por medo de perder o bônus, alguns docentes já estavam voltando às salas de aula. Maria Izabel lembrou que na greve realizada em 2000 os professores receberam holerites "zerados" e aqueles que repuseram as aulas ainda não tiveram as faltas retiradas do prontuário.

Segundo a Secretaria, menos de 2% dos professores estavam faltando diariamente nas 5.537 escolas estaduais --a rede tem 230 mil docentes. A convocação de substitutos, cadastrados nas diretorias de ensino da rede, já havia sido liberada.Em comunicado, a Secretaria disse que "é totalmente contra uma greve corporativista organizada por um sindicato, a Apeoesp, que não tem pensando nos alunos, na melhoria da qualidade do ensino na rede estadual paulista".

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