A família do artesão e surfista Tony Villela, de 32 anos, que sumiu na Praia de Pitangueiras, no Guarujá, Litoral Sul de São Paulo, após salvar dois surfistas no domingo (14), disse que ele sempre ajudou pessoas em apuros. "Ele foi um grande herói, sempre procurava ajudar todo mundo. Um exemplo de vida", afirmou o irmão, Flávio Borges, que acompanhava as buscas na tarde desta segunda-feira (15), no Guarujá. Tony faz tatuagem de hena e adora surfar.
No domingo, ele estava na praia quando viu quatro surfistas em dificuldades na água. Segundo os amigos, ele entrou no mar e salvou dois, os outros dois conseguiram ficar bem, mas Tony perdeu a prancha e foi atingido por ondas fortes quando tentava escalar as pedras que ficam na encosta da praia. Até as 15h desta segunda, o corpo dele não havia sido encontrado.
O artesão tem uma filha de 11 anos chamada Jennifer. Segundo o irmão, como Tony estava com pressa, entrou na água sem a corda que prende a prancha ao tornozelo e sem passar parafina (substância usada para aumentar a aderência do corpo com a prancha), o que pode ter atrapalhado.
"Todo surfista é acostumado a salvar gente no mar. O Tony sempre fazia isso. Se tivesse um pedaço de isopor do lado ele pegava e entrava na água para ajudar os outros", disse Flávio, que pediu a amigos que têm barcos para ajudar nas buscas ao irmão. Segundo a família, o artesão estava com dor de coluna naquele dia e inclusive havia tomado uma injeção.
Para a família, as chances de encontrá-lo vivo são mínimas. "Ficamos com a dor da perda, mas orgulhosos do que ele fez", afirmou o tio, o eletricista Marcio Borges, de 40 anos, que também acompanha as buscas. De acordo com ele, Tony faz o possível para ajudar pessoas em dificuldade no mar.
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