terça-feira, 2 de junho de 2009

NOTÍCIAS - CONCORDATA GARANTE RECUPERAÇÃO DA GM,DIZEM ECONOMISTAS.


Governo dos EUA terá 60% da empresa e o canadense terá 12%.Reestruturação da GM muda paradigma na indústria norte-americana.

Garantia de recuperação. É o que justifica o empenho do governo norte-americano para evitar a quebra da maior fabricante de veículos do país e a segunda maior do mundo, a General Motors. Por isso, a montadora se tornará uma empresa estatal até que retome a lucratividade. “Isso é uma notícia muito positiva, tanto é que as ações da GM subiram bastante após o anúncio”, afirma o professor de finanças corporativas da Brazilian Business School (BBS), Plínio Chap Chap.

Apesar de já ser esperada, a concordata coloca fim às especulações no setor e gera alívio no mercado. O professor do departamento de economia da ESPM, José Eduardo Amato Balian, afirma que apesar de a sociedade norte-americana pagar pela recuperação da empresa, a ajuda de US$ 30,1 bilhões do governo dos Estados Unidos – fora os US$ 20 bilhões já liberados – evita uma reação em cadeia que acarretaria em demissões em massa e o agravamento da crise no país.

“A crise foi muito forte e essa queda não pode deixar a GM quebrar, porque representaria a perda de milhares de empregos. O mesmo acontece com outras grandes empresas em crise, como os bancos. A ação do governo é o que difere esta crise da que aconteceu na década de 1930”, explica Balian.

De acordo com os especialistas, a concordata também representa uma mudança de paradigma nos Estados Unidos, pois as empresas terão de se adaptar a uma estrutura mais enxuta e os sindicatos precisarão “aliviar” as pressões. “Quebrar essa cultura será um problema sério para enfrentar. A Ford tenta fazer isso sozinha e a Chrysler usará a cultura dos carros europeus”, diz Chap Chap, ao apostar positivamente na reação dos Estados Unidos.

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