O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou nesta quarta-feira que tenha ocorrido discriminação a dois sargentos do Exército que assumiram relacionamento homossexual em reportagem de capa da revista "Época" desta semana. De acordo com ele, a questão está sendo examinada conforme as regras disciplinares do Exército.
Dois sargentos do Exército Fernando de Alcântara de Figueiredo e Laci Marinho de Araújo foram surpreendidos pela Polícia do Exército na noite de segunda(02), após entrevista ao programa de Luciana Gimenez, o "Superpop", da RedeTV!. No programa televisivo, os dois sargentos repetiram ao vivo a história relatada na revista: que vivem juntos, em união estável, desde 1997.
Assim que o programa terminou, a Polícia do Exército cercou o estúdio.
A chegada do carro militar foi mostrada ao vivo pelo "Superpop". Um dos sargentos, Araújo, considerado desertor das Forças Armadas, tinha o mandado de prisão expedido pela Justiça Militar desde o dia 21 de maio. Ele foi preso ao sair da emissora, por volta das 4h de hoje.
Para o ministro Nelson Jobim, apenas um dos sargentos era desertor e, por isso, ele havia sido punido. "A informação que eu tinha é que esse cidadão era um desertor que tinha se afastado de suas funções", afirmou ele.
A questão da prisão do militar foi tratada em reunião fechada com o ministro pelos representantes da Frente Parlamentar pela Cidadania dos Gays, Bissexuais, Lésbicas, Travestis e Transexuais.
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