
A Polícia Civil de Minas Gerais identificou cinco dos seis rapazes mortos na chacina.Foram revelados os nomes dos irmãos Bernardo Epifânio Caetano, 22, e Willian Ribeiro Caetano, 20, além de Tiago Alves Dias, 20, e Fernando Alves Dias, 19, que também eram irmãos, e Everton Fernandes de Oliveira, 21. A sexta vítima ainda não foi identificada.
As vítimas estavam enfileiradas e com as mãos amarradas com fios utilizados em instalações elétricas ao lado de trecho ferroviário da empresa Ferrovia Centro-Atlântica, no bairro Alvorada, em Betim.
Os corpos semicarbonizados apresentavam marcas de tiros na cabeça, além de perfurações de facas e ferimentos causados por pedradas. No local, peritos encontraram facas e uma garrafa contendo álcool.
Para a Polícia Militar, a investigação preliminar feita no local levanta a possibilidade de o grupo ter sido interceptado pelos assassinos próximo ao local onde os corpos foram deixados. O delegado Wagner Pinto Souza, chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, órgão da Polícia Civil, informou que a investigação iniciada pela corporação ainda é preliminar e que os agentes encarregados do caso irão considerar a hipótese de rixa entre gangues rivais da região com associação ao tráfico de drogas, além de ter sido aventada a possibilidade de um dos que foram assassinados ter sido testemunha da morte de um rapaz semana passada, em um bairro vizinho, e em decorrência, ter sido jurado de morte.
O delegado disse ainda que obteve informação ainda a ser confirmada sobre os possíveis autores e a motivação da chacina, mas que não iria repassá-la sob risco de atrapalhar o trabalho dos investigadores. O pai dos irmãos Tiago e Fernando, o borracheiro Ademar Dias, 50, disse à reportagem do UOL que os filhos eram usuários de drogas e já havia alertado-os para que se mudassem para a casa da avó, que mora em uma cidade do interior de Minas Gerais, mas eles preferiram continuar convivendo com a mãe, moradora do bairro onde ocorreu a chacina.
Segundo Dias, o comportamento dos filhos era "normal", mas se alterou em decorrência do uso de entorpecentes."Eles passaram a não ter medo de nada. Ficaram mais valentes e saíam de casa e não davam notícia por um ou dois dias. Eu disse a eles que havia arrumado emprego para os dois, mas eles não quiseram saber disso, disseram que já estavam empregados", contou
Nenhum comentário:
Postar um comentário